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China rebate governo Trump e diz que países da América Latina 'não são quintal de ninguém'


Após secretário norte-americano afirma que EUA desejam recuperar 'quintal', chanceler chinês declarou que América Latina não quer 'doutrinas de dominação'. O chanceler da China, Wang Yi, em 1º de abril de 2025

Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS

O chanceler da China, Wang Yi, afirmou nesta segunda-feira (14) que os países da América Latina "não são quintal de ninguém". A declaração foi divulgada pela Embaixada da China no Brasil nas redes sociais.

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A fala ocorre quatro dias após o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, se referir à região como um “quintal” que deveria ser recuperado pelos americanos.

Em entrevista à emissora “Fox News” na quinta-feira (10), Hegseth acusou a China de dominar a América Latina e disse que o governo de Donald Trump deseja retomar a influência norte-americana sobre os países da região.

"O governo Obama tirou os olhos da bola e deixou a China tomar toda América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fazendo acordos com governos locais de infraestrutura ruim, vigilância e endividamento. O presidente Trump disse ‘não mais’! Vamos recuperar o nosso quintal."

Em resposta, Wang Yi declarou que os países latino-americanos buscam independência, e não “doutrinas de dominação”.

“O que os povos latino-americanos querem é construir seu próprio lar, não ser o quintal de ninguém”, disse, segundo a Embaixada chinesa.

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A troca de farpas acontece em meio à guerra comercial entre China e Estados Unidos. Nas últimas semanas, o governo Trump impôs uma série de tarifas a produtos chineses. Pequim respondeu às taxas com as mesmas medidas.

Outro ponto de tensão é o Canal do Panamá. Trump tem defendido que os Estados Unidos retomem o controle da área, citando a crescente influência chinesa na região.

A pressão americana levou o governo panamenho a se retirar de um megaprojeto da China conhecido como “Nova Rota da Seda”. A iniciativa promove obras de infraestrutura e cooperação econômica em troca de tentar aumentar a influência chinesa no mundo.

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