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Pesquisa vai analisar influência das abelhas sem ferrão no aumento da produção de açaí na Amazônia


Estudo da Embrapa Amapá em parceria com instituições como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Universidade de Bonn, na Alemanha, vai mapear também outros insetos e fungos na região da foz do rio Amazonas. As abelhas têm o papel fundamental na polinização de alimentos

Jesiel Braga/PMM

Pesquisadores vão mapear, ao longo de três anos, organismos como insetos e fungos importantes nas cadeias produtivas do açaí e de oleoginosas na região da foz do rio Amazonas, em áreas do Amapá, do Pará e parte da Guiana Francesa. No total, 40 pesquisadores de instituições brasileiras e uma alemã vão participar do trabalho, que iniciou este mês.

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Em uma das frentes do estudo, serão trabalhadas a identificação e a criação de abelhas sem ferrão dentro dos açaizais, como forma de aumentar a produção do açaí, além de ter o mel como subproduto. De acordo com outra pesquisa da Embrapa, a meliponicultora pode aumentar a produtividade dos açaizais entre 30% e 70%.

No Brasil, há cerca de 1.500 espécies diferentes, das quais 300 são meliponini, ou seja, naturalmente sem ferrão ou com ferrão atrofiado.

Açaí coletado no Arquipélago do Bailique, no Amapá

Rafael Aleixo/g1

O projeto é coordenado pela Embrapa Amapá e tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre as instituições participantes estão o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Universidade de Bonn, na Alemanha.

O trabalho terá ainda a participação das comunidades locais, que participarão das atividades técnicas.

“A importância do projeto está relacionada com o fato de que iremos estudar organismos incógnitos (epífitas, fungos e insetos), pequenos, pouco conhecidos, normalmente ignorados, mas que são importantes nas cadeias produtivas do açaí e das oleaginosas da floresta de várzea e, consequentemente, para as famílias e comunidades ribeirinhas”, descreveu Marcelino Guedes, pesquisador da Embrapa Amapá e coordenador do projeto.

Guedes explicou que um dos insetos que a serem analisados será o barbeiro, que possui mais de 150 espécies diferentes e que podem transmitir a doença de chagas junto com o açaí. Na mira dos cientistas também estão os insetos brocadores de sementes, que prejudicam a produção do óleo de andiroba e pracaxi.

Sobre a pesquisa

Pesquisadores da Embrapa Amapá durante pesquisa de campo na Amazônia

Marcelino Guedes/Arquivo Pessoal

O projeto “Revelando os incógnitos: epífitas, insetos e fungos associados à flora arbórea de várzea na Amazônia Oriental” foi uma das 24 propostas aprovadas de 191 que concorreram na chamada do programa “Expedições Científicas – Iniciativa Amazônia + 10”.

A iniciativa lidera pela Embrapa Amapá tem a participação de instituições como as universidades Estadual (Ueap) e Federal do Amapá (Unifap), além do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa), Embrapa Amazônia Oriental (PA) e Embrapa Agrobiologia (RJ).

Pesquisadores da Embrapa Amapá auxiliam produtores sobre manejo de açaizais no Marajó

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